domingo, 1 de setembro de 2013

all my life, all along

Toda a minha vida desejei encontrar alguém realmente amasse e que me amasse em retorno. Alguém que fosse a continuação de mim mesma sem anular, e que o contrário acontecesse.
Em Fevereiro, quando a minha vida sofreu um "quantum point" o meu mais sincero e profundo desabafo com o meu amigo de alma foi "só queria ser amar e ser amada, sem que alguma complicação quotidiana abalasse tal cenário. Só isso!". A resposta foi simples "Já és e já amas, talvez só ainda não tenhas percebido!:)"

Estava a regressar de um fim-de-semana em Lisboa  (típicas e necessárias fugas quando o sentimento de sufoco da minha aldeia se torna insuportável). Duas horas depois, ao regressar à minha aldeia, abre-se uma nova porta na minha vida.

Talvez o problema não seja não ser amada. Talvez o problema não seja não amar. Talvez o problema seja não sermos fortes o suficiente para perceber que todos os problemas quotidianos são só isso mesmo: nuances passageiras. Deixamo-nos levar por elas, procuramos cura e aventura em novas oportunidades que nos surgem (e porque a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha), e alimentamos estas fantasias, estes escapes como se eles fossem boias de salvação de algo que, se for levado com dedicação e respeito, não precisa sequer de ser salvo.

Tolstoi escreveu que, na hora da morte do juiz, este perguntou à sua esposa "E se toda a minha vida foi um erro?". Claro que não foi Meritíssimo. Claro que não foi! Se não a tivesse vivido da forma que viveu, dedicado à família, à sociedade e à justiça, a sua história de mérito nunca teria sido contada.

Histórias de vidas erróneas podem-se perpetuar, mas como exemplos de quem tudo poderia ter e nada aproveitou. Histórias de inspiração perpetuam-se como exemplos e esperança.

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