terça-feira, 24 de março de 2009

Quando pensares...

Quando pensares que o teu dia foi dificil, que o teu trabalho te esgotou pensa nisto: o meu trabalho (como o dos restantes que me acompanham nesta "aventura amazónica") é andar entre doentes. Desde os mais orientados e menos debilitados até aos que estão na última linha da vida. Passamos o dia a olha-los, a falar-lhes, a acompanhar os familiares, a conforta-los, e muitas vezes a "dar abanões" aos que assim o merecem.

Passamos o dia a caminhar entre eles, somos (muitas vezes) as últimas pessoas com quem falam, quem vêem, quem lhes sorri. Somos, muitas vezes, os últimos a proferir os seus nomes enquanto vivos. Vemos de tudo um pouco: desde as imagens mais cuidadas, às mais cruas, menos dignas (se é que muitas vezes se pode falar sequer em dignidade). Somos quem lida, constantemente, com a realidade da tenue linha entre o viver e o ser, ao morrer e deixar de ser. Somos a quem é exijido que se use o coração, a compaixão e a humanidade como instrumento de trabalho. Somos quem usa os sentimentos (os nossos e os dos outros) como trabalho.

E somos quem se esgota ... e quem não é apreciado ou valorizado... Mas não na maioria das vezes =)

Conversa de Café



Já sabes: se me há uma folha e um lápis (como os adro) em cima da mesa ser-me-á praticamente impossivél não desatar a "escrevinhar" e a "rabiscar"! E pronto... lançaste o desafio e colocaste bem em cima da mesa (como se não fosse nada contigo) uma caneta (na falta do lápis, que venha a caneta =p).





Conversamos durante longas e boas horas acompanhadas pelo barulho de fundo dos restantes presentes (o tipico som e café). Enquanto falavamos eu ia-me entretendo a "escrevinhar" e a "rabiscar. No final guardaste a caneta e eu a folha! Ela está na minha mesa de cabeceira. Vejo-a antes de adormecer e quando acordo, encalhando com ela ao longo do dia enquanto ando a "tarantar" pela casa. Todos os dias!





Todos os dias a vejo... e de quase todas as vezes que a olho ela arranca-me um sorriso. Da maioria um sorriso amarelo, daqueles que esconde uma lágrima, daqueles de quem acha que (quase sempre) rir é melhor remédio que chorar. Mas de todas as outras vezes aquele pequeno (grande) rascunho de uma conversa de café me faz lembrar daquilo que fui e daquilo que via mas não queria perceber! Da esperança que sou capaz de depositar na vida, nas pessoas. Da forma como me dou a quem precisa e a quem gosto. Da forma como cresço a cada passo, da forma como sou capaz de cortar da minha vida quem não me faz bem e ao mesmo tempo das inúmeras hipóteses que lhes dou para me provarem o que realmente valem. Olhar para aquilo faz-me ficar pertinho de ti =) epertinho de ser, a cada dia, e melhor versão e mim que posso ser!





Vou "rabiscar" e "escrevinhar" mais vezes =)

sábado, 21 de março de 2009

if you weren't you anymore

Did you ever wonder what it would be like if you weren't you anymore?
If you were suddenly gone, how would your world react?
Whatever you imagined is wrong. There is nothing romantic about death. Grief is like the Ocean. It's deep and Dark and bigger than all of us. And pain is like a thief in the night. Quiet. Persistent. Unfair. Diminished by time and faith and love. I didn’t know Quentin Fields but I’m jealous of him because I see how his absence has affected the people that did know him so I know that he did matter to them. And I know he was loved. People say Quentin Fields was a great basketball player. Graceful. Fluid. Inspiring. They say on a good night it almost seemed as though he could fly. And now he can.

quarta-feira, 18 de março de 2009

6.470.818.671 people in the world


At this moment there are 6,470,818,671 people in the world. Some are running scared. Some are coming home. Some tell lies to make it through the day. Others are just now facing the truth. Some are evil men, at war with good. And some are good, struggling with evil. Six billion people in the world. Six billion souls. And sometimes -- all you need is one . . .


E para mim essa única pessoa devemos ser nós =) NÓS PRÓPRIOS minha gente!

My favorites Quotes. . .

My 'ultimate' favorite quotes...
Sei que cada um sente da sua forma, sei que cada coisa toca cada um de forma diferente, mas se estas frases vos tocarem um décimo da forma como me tocam a mim... deliciar-se-ão; arrepiar-se-ão! Como eu costumo dizer que há coisas na vida que me deixam 'completly stoned', num estado tão 'high' e estupidamente deliciada e sorridente que me sinto acima de bem! Por isso partilho... =)

"Sometimes i wonder if anything's absolute anymore. Is there still right and wrong? Good and bad? Truth and lies? Or is everything negotiable,left to interpretation, grey. Sometimes we're forced to bend the truth, transform it, cause we're faced with things that are not of our own making. And sometimes things simply catch up to us"
"There comes a time when every life goes off course. In this desperate moment you must choose your direction. Will you fight to stay on the path while others tell you who you are? Or will you label yourself? Will you be honored by your choice? Or will you embrace your new path? Each morning you choose to move forward or to simply give up"
Robert Louis Stevenson once said, "You cannot run away from a weakness; you must sometimes fight it out or perish. And if that be so, why not now, and where you stand?"
Henry Wadsworth Longfellow wrote: 'All are architects of fate... living in these walls of time."All are architects of fate... so look not mournfully into the past. It comes not back again."

sábado, 7 de março de 2009

Desafio Lançado: O SABOR DA SAUDADE

P ensei a sorrir: "A que sabe a saudade?" =)

Quero que pensem nisto e quero que comentem, assumida ou anonimamente, de forma mais séria ou mais descontraida, de forma mais ou menos reflectida (apesar de dar verdaderia preferência à última). . . QUERO SIMPLESMENTE QUE PENSEM E PARTILHEM O PENSAMENTO.

Para mim a saudade sabe a:
- mar... sabe ao salgado do mar [que tanto adoro =)];
- gelado "Carrocel";
- "barquiler";
- chantily;
- sopa da avó;
- sopa do "Dormedário";
- pão com manteiga;
- aos pirulitos da água da piscina;
- e a mar...mais uma vez!

"O tempo não pára, só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo"
Mário Quintana

Índia


D e idade avançada e indiana. Passou a tarde toda a chatear! Parecia uma criança pequena a insistir com os pais para que lhe comprassem o brinquedo que tanto queria.

- Ligue para o meu filho! Quero saber quem me vem buscar! - dizia ela interminável e ininterruptamente.

- Mas eu já liguei! Ninguém atende! Eu e o meu colega passamos a tarde a liguar. Vamos continuando a tentar, está bem?

E passou a tarde nisto! Desorientada, descompensada, oscilando entre estados de ansiedade e de apatia.

Finalmente alguém atende!!! A conversa demorou-se porque do outro lado uma simpática e doce voz feminina desabafava.

Durante todo o telefonema senti-me docemente observada. "Voltou à apatia" pensei.

A conversa telefónia termina e de forma bastante carinhosa e até maternal (atrevo-me a dizer) ela agarra-me na mão, esboça um sorriso e diz:

- Tem uns olhos liiiindos minha menina! Nunca vi olhos brilharem tanto! Lindos! Que Deus conserve o brilho desses olhos!


De imediato eles brilharam ainda mais, mas desta vez devido às lágrimas. Se ela soubesse o que significou para mim reparar no brilho dos meus olhos. . .

A minha garganta ia soltar a pergunta irónica sem que sequer o meu cerebro pensasse "E acha que é brilho de alegria ou tristeza?" . . . Ainda bem que a pergunta não se soltou... A vontade instantanea e quase incontrolável de chorar foi maior!


Brilhar... espero que os meus olhos brilhem sempre! Mas sem ti, e por ti, sei que não brilham tanto quanto poderiam brilhar!!!


Tenho saudades! Tenho revolta! Tenho raiva! Tenho um nó enorme no coração!


Detesto posts deprimentes! Mas quem me conhece sabe que mesmo quando estou de coração apertado o humor se eleva, chegando mesmo a ser inconviniente e sarcástica comigo própria e acabando por chorar, mas de rir com a minha própria dor!

Sabem que, quando o caso é grave, me reservo, me isolo e ignoro o assunto até este estar resolvido no meu coração! Talvez por não falar tanto do que sinto quanto devia, talvez por me calar quando me apetece gritar depois me vingue na escrita.

Sorrir... sorrio sempre! Mas doer... doer também doi! E dói muito quando dói! ! !

sexta-feira, 6 de março de 2009

Insónia

Noite em claro... As horas passam... O compasso do segundo intromete-se no pensamento... A cama fica desfeita de tanta agitação, de tanta impaciência... O corpo começa a ficar dorido da cama...

Horas em que imagino tudo o que poderia estar a adiantar na minha vida se a vida se processasse de noite... tanta coisa boa para fazer, tanta coisa que poderia adiantar naquelas horas mortas...


As horas continuam a passar... Insónia... Insónia... Achei que estavas esquecida de mim!

Horas em branco que tantas vezes achamos desvairidas, desnecessárias, mortas, como eu mesmo denominei... Serão?

Nas voltas e "travoltas" que dei conta de quão necessárias são as insónias. Ora vejamos, quando é que elas chegam? Quando é que elas não nos largam? Pergunta retórica, resposta óbvia: quando há pensamentos e sentimentos para (re)organizar, factos para assimilar e acomodar. Daí o nosso cerebro não nos deixar desligar. Não até nos (re)organizarmos!

Assim, chorei, solucei, soltei emoções . Limpei as lágrimas e estabeleci prioridades!!! Fui dura comigo e no fim disse-me "it's alright" tal como disse a Alicia a ela própria quando deu por si a assumir a sua "lesson learned".



Agora digo... Horas Preciosas!