sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Changing

Estou a estudar novas coisas. Finalmente sinto que encontrei aquilo que procurava.
Tenho traços de autodidata e sempre comprei livros de budismo, kabala, auto-conhecimento, desenvolvimento pessoal, pricologia, estudos emocionais, biografias introspectivas, meditação, etc. Enfim, sempre quis absorver tudo sobre este tipo de temas no intuito dos intregrar, me compreender melhor e atingir a tão almejada paz e tranquilidade de quem  está de bem com vida e , principlamnete, consigo.
Agora percebo que, apesar dos meus 25 anos de existência, desde que tenho consciencia de que a consciencia existe, sempre me senti perdida, incompleta, insatisfeita, ansiosa e abandonada.
Isto explica o meu incessante interesse por todas estas filosofias apaziguadoras do espirito e a minha necessidade de desenvolvimento pessoal. A inquietude força-nos a procurar a tranquilidade.
Como autodidata e inexperiente meditante, e devido à aparente complexidade das filosofias simplistas, o conhecimento não ficava integrado de forma clara e consolidada. Chegava mesmo a olhar para todos os livros daquele tipo de repousavam nas minhas estantes e pensava "Bolas, como adorava saber reproduzir de forma confiante o que li nestes livros!!" Isso não acontecia por que as ideias ficavam estendidas na minha mente como lençois numa cama feita de lavado, mas à primeira dormida as ideias confundiam-se, enrugavam-se e as dúvidas apoderavam-se do leito agora quase desfeito fazendo-me acreditar que seria dificil "esticar o lençol" novamente.
Lia experiencias meditativas que contavam sensações tais que me pareciam similares a algumas que já tinha sentido, mas descreditava essas minhas sensações pensando "mas afinal quem sou eu, uma miúda inexperiente, para acreditar que já senti o que este 'mestre' me descreve, quando ele se dedicou uma vida inteira a isto e eu ando só aqui, na minha intimidade e como se estivesse a praticar rituais de uma seita ingrata, sozinha e às escondidas?"
Ao ler uma nova biografia de um mestre  reconhecido e reswpeitado no seu meio e iniciando uma nova prática de yoga percebi que afinal sempre fui praticante de yoga toda a minha vida e nunca o entendi!!!!
Tenho-me regido por principios sensoriais e conscienciaçlizei-me da importancia da não repressão. Inocente e inconscientemente sempre pautei a minha vida por principios da filosofia yoga e nunca percebi. E afinal, muitos mais de nós o fazemos sem percebermos.
É algo tão natural e orgânico que podemos mesmo passar uma vida a praticar as suas nuances sem percebermos.
Há uma analogia interessante que conheci à pouco tempo: se tivermos um recipiente com água e depositarmos umas gotas de corante o certo é que a primeira gota não é perceptivel a olhos vistos, se bemque ela está lá. A segunda gota também não fará grande alteração na cor da água mas já se está um passo mais próximo na alteração da sua cor. Assim, sucessivamente, se irão depositando novas gotas de corante e cada uma irá desempenhar a sua função uma etapa necessária até que a água tenha cor. E desta forma sinto que foi comigo: todos es "estudos" e experiencias anteriores foram gotas que acumulei na minha sabedoria e experiência para que agora a minha água comece a ganhar cor.
Quero acreditar que este yoga não é a meta do meu percurso por que nao quero cessar a busca, mas estou deveras bastante contente por que encontrei o treinador adequado para executar a minha maratona :)

As melhores mudanças são aquelas que se vão dando de forma lenta e gradual, sem causar choque ou mudança brusca! Assim sim é um verdadeiro crescimento!

domingo, 14 de outubro de 2012

My favourite daily bless

If I only knew . . .

se eu ao menos soubesse como afinal o caminho é simples. Sempre me quis encontrar e sempre me procurei. Corri, nadei, escalei, batalhei.... afinal é bem mais simples!

E como é lindo! Só quem não se procura, ou não se quer encontrar, não entende.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Intuição

O meu coração soube da mesma forma que o meu coração sabe agora!
Doí saber que alguém se descuidou no trato do meu coração. Doi saber de forma tão veemente e antecipada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Afinal

Tenho tanta vergonha de afrmar que afinal não tinha qualquer razão.
Vocês sabem aquelas cenas tipicas de filme em que a mulher desconfia do seu companheiro devido a uma sequência de "segredos", contactos e telefonemas estranhos e mal entendidos que em tudo lhe sugerem traição e alimentam uma desconfiança e insegurança tremenda; tudo para, no fim de contas, perceber que ele lhe estava a preparar uma festa surpresa onde a iria pedir em casamento?! E sabem como a mulher morre de vergonha e se sente uma verdadeira tótó por todas as asneiradas que tinha imaginado, por todos os dramas que tinha feito e por tudo o que tinha posto em causa sem qualquer motivo, afinal ?!

Pois é! Recentemente senti-me assim mesmo. Fiquei tão envergonhada comigo mesma por perceber a facilidade com que a nossa cabeça é alimentada pela insegurança e pelo desejo de entender o que sentimos que nos anda a escapar e por querer descobrir o que nos parece vedado.

Mas (raios partam, há sempre um "mas") não nos podemos esquecer que, da mesma forma que aquelas cenas de cinema que supra descrevi e que tão bem retratam a realidade, também incluem uma paixoneta, uns contratempos e um beijo desviante, enquanto o homem prepara a dita surpresa. Também assim o é na realidade então, creio!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


lf some lives form a perfect circle...





...others take shape in ways we cannot predict or always understand.





Loss has been a part of myjourney.





But it has also shown me what is precious.





So has a love for which l can only be grateful.

Mais um dia. . .

Meu Deus estou tão confusa! Parece que o meu coração andou no mar alto em noite de tempestade estando completamente desnorteado, baralhado, confuso e enjoado.
Como se resolve a insegurança e a magoa de uma relação em que o elemento masculino procura constante e incessantemente apoio emocional numa outra pessoa?
Claro que todos temos direito aos nossos amigos mais próximos a quem damos de nós e alimentamos um contacto diário. Mas estou a falar de algo diferente: estou a falar um contacto diário, intimo, incessante, viciante, troca de informação desde o momento em que acordam até se deitarem. E com toda a delicadeza e cortesia de quem se corteja.
Que faço eu aqui ?!?!? Que faço eu no meio disto ?!?!?! E ainda me dizem que é suposto agir com normalidade porque não tenho razões para me preocupar ?!?!?! E que tal ele preocupar-se com o incomodo e dor que isto me traz??? Não?!? Não seria boa ideia?
Mas imagine-se agora se do contrário se tratasse...imagine-se só!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Inerte

O que faz de nós quem somos? Creio que existe um livro com este titulo. Tenho-o lá em casa há sensivelmente dois anos, em local privilegiado da minha estante mas nunca iniciei a sua leitura. O que faz com que não a inicie? Creio que existe uma resposta. Só não sei se a que tenho é a correta.

Eu sei quem fez de mim o que sou: todos os que se atravessaram na minha vida. Uns mostrando-me o que como um dia queria ser; outros mostrando aquilo que não queria. Criam-se referências, analisam-se perfis, testam-se papeis e sentimentos e depois encaixam-se aprendizagens e adoptam-se comportamentos em conformidade com tudo isso.

Será?

Identifico com tremenda facilidade três diferentes "Star" no que toca às relações interpessoais. a primeira era doce, abnegante, silenciosa, insegura, mas com limites muito claros para determinadas situações mais gravosas, fazendo cumprir tais limites.

A segunda, depois de magoada, pisada e desvalorizada descobriu que não precisava de nada de ninguém, que era uma mulher completa, decidida, inteligente, que tinha os melhores amigos do mundo, era independente, desejada, que tinha uma vida agradável e cheia...enfim, resultou numa Star que se tornou muito menos abnegante, continuou a ser doce mas só para que demonstrava merece-lo, não se entregava a ninguém, não deixava ninguém entrar no seu mundo, tinha e vivia a vida como queria sem prestar contas a ninguém e sem admitir qualquer tipo de cobranças. Olhando para trás percebo que perdi fantásticas oportunidades de ser bem amada, acarinhada e cuidada. Mas essa Star jamais poderia achar que precisava disso: eu era total e indubitavelmente auto-suficiente e pior: dava-me por bastante feliz de assim ser!!!

A terceira Star foi moldada pelo iniciar de uma relação curta mas intensa, tremendamente apaixonada e com compatibilidades inacreditáveis. Eramos iguais e por diversas vezes me sentia a olhar num espelho sabendo exactamente em que resposta ou atitude iria resultar um gesto meu. A nossa única diferença, e que tornou tudo compatível e delicioso, é que esta pessoa tinha facilidade em se entregar emocionalmente, não tendo necessidade de fazer jogo nenhum nem medo de mostrar que estava apaixonado. Sempre me tratou como uma verdadeira princesa: tanto que por vezes nem queria acreditar!!! Fazia-me crer que me venerava tratando-me com todo o carinho, admiração e delicadeza não me dando qualquer hipótese senão fazer-me sentir como alguém especial que tinha pequenas características fantásticas que eu mesma, em vinte e tal anos de vida, desconhecia. 

Este tratamento resultou na aprendizagem de que nos podemos entregar, dizer que estamos apaixonados, tratar o outro com todo o carinho e dignidade que ele merece sem nos sentirmos sofucantemente vulneráveis e dependentes. Esta relação fez com que dissesse a mim mesma "It is o.k. to be in love, Star! It is o.k. to be happy. It is o.k. to share your life with someone! It is o.k. . . ."

E agora nasce uma quarta Star, ainda em fase de estabilização: uma desconhecida Star que voltou a ser abnegante, que é doce sem que o outro mereça a 100%, que cala quando quer gritar, que tolera o que até então sempre considerou intolerável . . . Não conheço esta Star e ainda não percebi se gosto dela !

O caso está grave...o caso está grave! Não com o outro, mas principalmente comigo!
Bolas... mereço ser feliz ! Mereço ser princesa quando trato alguém como príncipe !

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Balanço do 8º Mês

Ora aqui vai a primeirasegunda análise dos objectivos estabelecidos para 2012.... 
Rufem os tambores e vamos lá ver o que se conseguiu ao fim de 8 meses....

1. Sorrir para mim mesma todas as manhãs; quase, quase
2. Conseguir fazer uma dieta (mais) saudável; a desleixar-me um pouco
3. Treinar um mínimo de três vezes por semana; nem sequer tenho posto pezinho na estrada
4. Voltar a apaixonar-me pela vida com a mesma intensidade que eu sei; hardwork, but in progress
5. Organizar melhor o meu estudo; qual estudo, mesmo?
6. Emagrecer 5 kg e manter; Ui... tarefa em dificuldades
7. Cuidar melhor de mim;
8. Dizer sempre o que penso tendo sempre em conta um discurso assertivo;Aqui, posso dizer, tenho-me orgulhado de mim. Ainda a melhorar mas em verdadeiro progresso!
9. Começar a ter aulas de ioga e frequenta-las com regularidade; 
10. Amar mais;  Sim :) 
11. Entregar-me mais;em progresso mas já entendi pequenos detalhes que me fazem avançar aos poucos
12. Viver com tranquilidade no meu coração;
13. Manter o espírito optimista;
14. Rir muito mais; :) e na melhor das companhias, tenho-o feito mais é verdade!
15. Permitir-me ser feliz sem medos;
16. Fazer novos (bons) amigos; 
17. Manter e alimentar as velhas amizades;
18. Encarar a vida com mais "naturalidade";yes!
19. Meditar todos os dias;
20. Apostar no meu Reiki;
21. Incrementar a minha vida sexual; oh yeah! e com os mais nobres dos princípios 
22. Viajar sempre que possível;
23. Roadtrip por Itália;
24. Passar uns dias na neve;
25. Cantar mais;tenho um novo incentivo agora o que ajuda
26. Abrir mais as portas da minha casa; 
27. Ser mais tolerante; Acho que terei de rever este item uma vez que reiteradamente estou a ser demasiado tolerante
28. Ser mais doce;
29. Abandonar a larga dose de ironia com a qual me protejo;
30. Estar em contacto com os meus sentimentos e aceita-los; 
31. Não ter medo de dizer o que sinto;
32. Apaixonar-me sem medos; bem, meio ponto para mim, por que apesar dos medos continuarem lá tenho seguido em frente
33. Manter sempre energia e pro-actividade; posso dizer que níveis de energia tem estado em progressão 
34. Abraçar sempre que sinto que o devo fazer;
35. Quebrar as barreiras físicas; a melhorar mas objectivo algo esquecido
36. Ser humilde;  tão bom!:)
37. Don't let them take the fight outta me!;
38. Acampar com os amigos;
39. Fazer da minha vida uma festa;
40. Aniquilar as más ansiedades;
41. Ouvir mais vezes o meu instinto; a começar realmente a confiar mais nele 
42. Ser mais espontânea e menos racional; 
43. Dar mais atenção à minha Surya; Redondamente a falhar neste ponto! :(
44. Tentar, todos os dias, fazer algo pelos meus sonhos. Afinal é assim que se chega lá;
45. Trabalhar (ainda mais) a minha força de vontade;
46. Não ter medo de ser quem sou !!! ; 
47. Continuar a manter a promessa que fiz a A.C. há anos; 
48. Estar em contacto com a natureza mais vezes; 
49. Dedicar-me mais à minha família; 
50. Definir um horário de sono saudável; 
51. Fazer mergulho;
52. Fazer melhor gestão do meu dinheiro;
53. Manter o meu "ninho" limpo e arrumado; 
54. Aprender "amor incondicional";
55. Dizer ao meu pai que o amo e me orgulho dele;
56. Não permitir ser manipulada;
57. Continuar a dar sangue;

BALANÇO FINAL : 23/57 sendo que alguns que considerei anteriormente já atingidos desceram de grau de cumprimento!  Continuo com uma taxa de realização inferior a 50% . . . Ai, ai...

Catatónico

 Já não era a primeira vez que sentia aquela sensação mas a primeira vez que aquela se reviu em palavras estava eu sentada num restaurante tendencialmente gourmet, numas férias dedicadas ao Amor e à abnegação, recheadas de riso, carinho e Sol. E ali estava eu repentinamente sozinha! Não sozinha só por estar desacompanhada, mas sozinha por ausência de complacência, companhia e enquadramento. 
 
Só quem investe numa relação com que já passou por um casamento falhado, já tem um filho, já tem ex-família alargada e já teve uma relação-suporte duradoura (nomeação que atribuo às relações que se seguem imediatamente após uma dolorosa separação e que vêm validar o ego do sofredor, aliviar a solidão e tentar estabilizar a nova rotina pós-separação, sem qualquer intenção de desmérito pelas mesmas, antes pelo contrário, pressupõem uma ligação emocional forte muito ligada à ideia de conforto e suporte imprescindível; marcas deixadas sempre por quem nos resgata de situações de sofrimento). 

 Abandonada naquela mesa estava eu e ainda há minutos atrás éramos três felizes crianças em que só uma tinha idade adequada para o ser. Não sei se para me preservar à sensação de inadequação ou por simples cortesia, pai e filho acharam melhor afastar-se para falarem com a "ex-família alargada" do meu companheiro; consequente família próxima e amada do seu filho. Até aqui a história parece perfeita: todos nós temos passado, os factos são o que são! E a delicadeza deles parece embeber a situação. Mas controlamos as sensações? Ou seja, podemos controlar como agimos perante elas, mas a questão é: conseguimos nós controlar o seu surgimento? Respondo, NÃO! 

 E assim, ali estava eu não sozinha mas sim abandonada! E assim fiquei por muito tempo. Acreditem, muito tempo. Tempo demais. Tempo para ser invadida pelo sentimento de que nunca me iria adequar àquela família porque não é a minha e em nada lhe pertenço.  No entanto era eu que estava ali a cuidar do filho do meu companheiro (e do próprio em igual medida), a ajuda-lo, a acarinha-lo, a dar de mim. 

 No entanto sou eu que oiço o meu Amor a falar das amarguras de se viver longe de um filho que se tem de partilhar em tempo estipulado. No entanto sou eu que o tento acalmar e lhe dou todo o meu apoio para que continue a ser o pai fantástico que é. No entanto sou eu que atento às suas desavenças com a "ex-família alargada", tentando nunca agravar a situação, querendo sempre enviar-lhe paz e tranquilidade enquanto  afago o seu cabelo durante tais confissões, mesmo quando me apetece gritar-lhe o quão injustos e egoístas estão a ser. No entanto sou eu que aguento e lido com o mau-humor diário que vai surgindo, típico de quem vive duas vidas em união enquanto os outros merecem a sua calma e racionalidade para que não haja agravamento de conflitos: no entanto eu tenho de lidar com os nossos (inerentes à relação) acrescidos dos restantes que estes elementos provocam. No entanto sou eu quem nem sequer se permite ter as mais normais fantasias de paixão, a imaginar que um dia ele poderá dizer-me o quão está apaixonado por mim e que pretende tentar uma vida em conjunto com projectos sólidos de futuro, desejando um dia levar-me ao altar, porque alguém já destruiu esse campo na vida do meu companheiro tornando quase impossivel que ele queira lá voltar. No entanto, sou eu quem nem sequer se permite sonhar em construirmos uma família por que ele já tem uma boca para alimentar e uma vida para sustentar: como seria com duas? Já tem um anjinho que em muito necessita da sua atenção e dedicação que jamais foi dividida: o nosso anjinho teria sempre de ver o pai dividido entre duas famílias correndo o risco de se sentir igualmente inadaptável e desenquadrado como a sua mãe, eu! 

 E afinal quem sou eu neste campo de giras-sois em que, tal como estes, também eu tenho de andar constantemente a tentar virar-me para o Sol para que tudo fique bem e para que a sua luz permita iluminação constante nesta história? Que lugar é o meu? Lugar anexo? E é esse o meu lugar merecido? 
 
 "É difícil viver com alguém que já tem uma vida": foi assim que em bruto o sentimento se revelou em palavras quando, o sentimento se tornou demasiado acesso e os meus pés até ponderaram fugir, para me levarem dali para fora. O sentimento estava subsumido a palavras, mas em nada a situação estava resolvida.  

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Tenho esta mania de conduzir sem rumo. Não sei de onde vem mas só sei que,de tempos a tempos, preciso de entrar no carro e simplesmente ir conduzindo. Secretamente, diga-se.
Se não sei para onde vou que irei eu informar?
Desta feita vim parar a Alte. É tranquilidade! É simples e silencioso. É tão simples como ouvir os pássaros e o correr da agua ocasionalmente interrompido pelo som de um carro vagabundo que passa devagar.
De que precisamos nós nesta vida afinal? Aqui estou eu, tranquila só com um café à minha frente, só com o cantar dos pássaros, com o carro vagabundo, com os locais que se cumprimentam em plena rua e que tem sempre uma palavra a trocar, com um sol que aquece só o suficiente para sentir que é primavera...será que precisamos de mais? Será que só assim penso porque sei que não tarda irei regressar ao mundo onde tenho mais do que preciso quase como dado adquirido?
Continuo em busca da simplicidade como modo de vida. Continuo a querer acreditar de forma veemente de que preciso de muito pouco para viver e ser feliz.

Daily bless

Pintar as unhas na cama :)

Obrigada

Há caminhos misteriosos e aparentemente contraditórios nesta vida. Deveras inesperada esta calma e doçura de relação. Tranquilidade depois de tanta turbulência seria difícil de adivinhar.
Obrigada Universo. Espero estar certa quanto a esta tranquilidade. Espero que seja para durar... Dentro de todos os outros planos que tenhas para mim. Mas se me perguntares se quero mais respondo a sorrir "Claro que sim!".
Desejo que cada gesto de carinho seja verdadeiro e dou-me por feliz por ter quem abraçar ao final do dia. Há quanto tempo assim não era?!
É bom deitar e sentir um corpo quente e ouvir outra respiração durante a noite que não a minha. É bom.
Não quero colocar questões porque, afinal o importante é estar embebida no momento, vive-lo, regista-lo e sorrir-lhe, mas que as há, há! Mas ficarão para um outro post :)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Tenho esta mania de conduzir sem rumo. Não sei de onde vem mas só sei que,de tempos a tempos, preciso de entrar no carro e simplesmente ir conduzindo. Secretamente, diga-se.
Se não sei para onde vou que irei eu informar?
Desta feita vim parar a Alte. É tranquilidade! É simples e silencioso. É tão simples como ouvir os pássaros e o correr da agua ocasionalmente interrompido pelo som de um carro vagabundo que passa devagar.
De que precisamos nós nesta vida afinal? Aqui estou eu, tranquila só com um café à minha frente, só com o cantar dos pássaros, com o carro vagabundo, com os locais que se cumprimentam em plena rua e que tem sempre uma palavra a trocar, com um sol que aquece só o suficiente para sentir que é primavera...será que precisamos de mais? Será que só assim penso porque sei que não tarda irei regressar ao mundo onde tenho mais do que preciso quase como dado adquirido?
Continuo em busca da simplicidade como modo de vida. Continuo a querer acreditar de forma veemente de que preciso de muito pouco para viver e ser feliz.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Até onde ?

Ora, a questão que se impõe na minha vida neste momento é: até onde deverei eu deixar esta situação ir?
Vejamos: se me entrego estarei a comprometer a minha alma a alguém que poderá não ser o seu adequado cuidador; se não me entrego nunca o saberei e,então, posso dar tudo por terminado neste preciso momento.
E então que faço ?
Não há forma de responder a isto agora! Mas no fundo, bem cá no fundo do meu coração, num sítio recôndito, eu teimo em guardar a resposta para assim fazer de conta que não a sei. Por que o meu coração já sabe... eu é que não quero saber.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Há uma liberdade, uma fluidez incrível e invejável em no álcool. Não há amarras, não há prestação de contas a não ser no dia seguinte.

A maioria de nós passa pela vida com um pouco de receio, de nervoso e de agitação. Somos crianças que brincam às escondidas querendo ser encontrados mas fechando-nos ainda mais quando alguém chega perto

A liberdade é solitária
Baco é o meu melhor Deus. Tal como os grandes também eu sofro, também eu sofro!
Também eu percebo o que nao quero, também eu vejo o que nao queria ou devia.
Nunca irei julgar Pessoa ou qualquer outro que vivia dos seus vícios e se alimentava da sua própria loucura e do mundo louco que o envolvia!
Onde está o teu toque enquanto Represas toca? Onde está o teu calor e a tua respiração? E quem tem o direito de me pedir para não chorar a tua morte tão viva?

terça-feira, 22 de maio de 2012

The first

Lá vou eu de novo num percurso de incrementar o meu desenvolvimento e fortalecimento pessoal. ~
Quero registar o que me for possível para "mais tarde recordar". 
Ora, tenho muito para desatar, desamarrar. 
Tenho postura para acertar, respiração para treinar e muito para "vomitar".
Tenho de ganhar consciência do extraordinário percurso que já criei. 
Tenho de me fortalecer... 
 

_Noites . . .

Todos nós sonhamos, todas as noites. Mas alguns de nós caem em profundo sono e o seu subconsciente "desliga" e ada fica registado no que a sonhos se refere; outros dormimos como "meninas" e não nos deixamos totalmente adormecer, ficando o nosso subconsciente em alerta, acordadinho da vida, a gravar o que o nosso inconsciente vai libertando durante a noite.

Ora, esta noite tive a sorte de ter (mais) um sonho daqueles... Sonhei que acordava sobressaltada por que estava atrasada para uma combinação com o "dito cujo". O interessante é que, no meu sonho, eu acordava no meu quarto, na minha cama e até com o pijama com que estava vestida, o que atribuiu ao sonho um realismo assustador. Assim, entrei no modo "controlo do sonho" porque estava mesmo convencida de que estava acordada. Racionalizei e decidi enviar uma mensagem ao referido a explicar o meu lapso e que ia já saltar da cama para não me atrasar mais. A resposta foi: "Não vale a pena.Já estou no barco, vou para a Austrália, surgiu um projecto lá e não vou perder".

Ainda bem que nos sonhos o "filtro emocional" está um pouco mais desligado e as emoções surgem no seu estado mais puro sem grande triagem ou selecção. Por isso lembro-me de sentir a típica sensação para a qual nasci: abandono! 
Mais uma vez ali estava eu, abandonada, sofrida e descrente. A sensação de vazio desesperante surgiu, acompanhada de uma incompreensão de como é que esta pessoa podia ir para o outro canto do mundo, literalmente da noite para o dia, sem se despedir, sem avisar, sem nada deixar para trás, e ao mesmo tempo, deixando tudo para trás. 

Acordei... é verdade! Era só um sonho... é verdade! Metáfora perfeita da realidade... é verdade! 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ora aqui vai a primeira análise dos objectivos estabelecidos para 2012.... 
Rufem os tambores e vamos lá ver o que se conseguiu ao fim de 4 meses....

1. Sorrir para mim mesma todas as manhãs;
2. Conseguir fazer uma dieta (mais) saudável; 
3. Treinar um mínimo de três vezes por semana;
4. Voltar a apaixonar-me pela vida com a mesma intensidade que eu sei;
5. Organizar melhor o meu estudo;
6. Emagrecer 5 kg e manter; 
7. Cuidar melhor de mim;
8. Dizer sempre o que penso tendo sempre em conta um discurso assertivo;
9. Começar a ter aulas de ioga e frequenta-las com regularidade;
10. Amar mais;
11. Entregar-me mais;
12. Viver com tranquilidade no meu coração;
13. Manter o espírito optimista;
14. Rir muito mais;
15. Permitir-me ser feliz sem medos;
16. Fazer novos (bons) amigos; 
17. Manter e alimentar as velhas amizades;
18. Encarar a vida com mais "naturalidade";
19. Meditar todos os dias;
20. Apostar no meu Reiki;
21. Incrementar a minha vida sexual; 
22. Viajar sempre que possível;
23. Roadtrip por Itália;
24. Passar uns dias na neve;
25. Cantar mais;
26. Abrir mais as portas da minha casa; 
27. Ser mais tolerante; 
28. Ser mais doce;
29. Abandonar a larga dose de ironia com a qual me protejo;
30. Estar em contacto com os meus sentimentos e aceita-los; 
31. Não ter medo de dizer o que sinto;
32. Apaixonar-me sem medos;
33. Manter sempre energia e pro-actividade;
34. Abraçar sempre que sinto que o devo fazer;
35. Quebrar as barreiras físicas;
36. Ser humilde;
37. Don't let them take the fight outta me!;
38. Acampar com os amigos;
39. Fazer da minha vida uma festa;
40. Aniquilar as más ansiedades;
41. Ouvir mais vezes o meu instinto; 
42. Ser mais espontânea e menos racional; 
43. Dar mais atenção à minha Surya;
44. Tentar, todos os dias, fazer algo pelos meus sonhos. Afinal é assim que se chega lá;
45. Trabalhar (ainda mais) a minha força de vontade;
46. Não ter medo de ser quem sou !!! ; 
47. Continuar a manter a promessa que fiz a A.C. há anos; 
48. Estar em contacto com a natureza mais vezes; 
49. Dedicar-me mais à minha família; 
50. Definir um horário de sono saudável; 
51. Fazer mergulho;
52. Fazer melhor gestão do meu dinheiro;
53. Manter o meu "ninho" limpo e arrumado; 
54. Aprender "amor incondicional";
55. Dizer ao meu pai que o amo e me orgulho dele;
56. Não permitir ser manipulada;
57. Continuar a dar sangue;

BALANÇO FINAL : 14/57 .... vou ter de estar mais atenta !!!!



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quem já partiu...

Cada vez que uso o meu cabelo ondulado, lembro-me de ti! Lembro-me de como brincavas com as ondas do meu cabelo e como dizias que adoravas o meu cabelo em consonância comigo: "solto, bonito e louco". :')
Tenho tantas saudades tuas e do tempo que, apesar de nos ter sido roubado, foi nosso! :)
Tenho muita pena por teres partido e por teres de ter partido, passo a redundância!
Ao menos espero que saibas que, cada vez que o uso assim, tal como ele está agora, me lembro de ti.
Afinal, as ondas são a melhor forma de "vida". Até no cabelo.


Estou com tanto medo

E stou com tanto medo! Estou apaixonada. Agora sem sombra de dúvidas, sem margem para erros. Ou sem margem para dúvidas e sem sombra para erros. Sei lá. Só sei que estou.
Incrível é deixar-me consumir e envolver pela paixão quando tudo já está difícil, desgastado e incerto.
O que custa a crer é que foram precisas várias "facadas", vários episódios clarificadores do choque de personalidades, várias desfeitas... "O tempo louco da paixão já passou, Star", digo-me firme. Mas quando já era suposto tudo se ter diluído, quando já estava segura e liberta das incertezas iniciais, i.g., "que iremos nós estabelecer?", por que já ali estávamos: confiantes, algo conhecedores, rotineiros, sequenciados...
Depois dou por mim, do alto da minha segurança e tranquilidade e contentamento por te ter ali enquanto amigo e companhia, a tirar os olhos do livro para te olhar (por que falavas) e, sem mais nem menos, sem previsão, antecipação ou aviso, um avião embate contra o meu peito e todos os seus estilhaços são absorvidos e sugados pelo meu coração, como se este fosse um vórtice: e assim dou por mim apaixonada.
Olho-te e a folha deixa de ter importância alguma. "Merda!!!!!! Merda, merda, merda!!!!!" É só o que consigo pensar. Não por ter sido distraída da importância do que estava a ler - nada disso, quem já esteve apaixonado consegue perceber o quão importante se tornou a importante e pertinente folha quando comparada com o choque explosivo que ia no meu peito -  conseguem só imaginar não é? A grande merda era mesmo estar a sentir "aquilo"! O olhar para ele e ter o meu sorriso subtil tendencial esquerdo e olhar fixo. tipico de quando estou apaixonada: isso sim era a grande merda!
Seguir-se a isto um abraço forte e de carinho faz com que queira fugir, correr, correr, correr, sem parar, como se a cada passada tanto ele como todos os estilhaços do do avião que em mim embateu (muito ao estilo do 9/11) ficassem para trás, tal como um cometa quando, a grande velocidade, entra na órbita terrestre e se desfragmenta deixando para trás todos os seus pedaços.
Seguido a isto ter o meu sono irrompido pela tua presença; abraça-te enquanto estou meio adormecida sem perceber se sonho ou estou acordada, sentir as tuas costas em mais um abraço ... é um pouco demais.
Mas tudo piora!
Regressar ao meu sono e passar a noite a sonhar que fazes parte do meu quotidiano, que me contas histórias sorridentes da sua infância e da infância do teu filho, que sais do carro e regressas com umas flores selvagens, pequenas, frágeis e definhadas só porque sabes o quanto adoro flores e primavera... sonhar que me abraças durante uma sesta de Verão antecedida de uma manhã se Sol e mar, muito mar... Isto já é mais do que o meu coração pode suportar!!! Isto já não é medo: é pânico!!!!
Vou sair magoada disto, eu sei! Vou precisar de muitas curas de mar e de muito apoio de sereias vindas do fantástico.
Mas, baixinho, em surdina e só aqui entre nós: estar apaixonada é tããão bom :) E o sonhar com isso só o vem confirmar (caso, de forma muito casual e leviana, não tivesse sentido o avião a embater em mim... só um reforçozinho que o Universo achou necessário! Como Ele consegue ser irónico às vezes)




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Filme Valmont: passasse na França do Séc.XVIII; tudo é um jogo de sedução e manipulação. Depois do protagonista principal ter declarado inúmeras vezes o seu amor à doce donzela se demonstra firme na sua distância) quando, finalmentedonzela, depois de lhe ter preparado as mais bonitas surpresas e dedicado as mais bonitas canções e poemas (gestos perante os quais a , a donzela se entrega e se declara é simples: na manhã seguinte acorda com a seguinte carta:


"My dear...
...I feel so much tenderness toward you...
...that I cannot bear to face you when you learn the truth. You were right. For a few illusory moments, I thought I could change.I know now I cannot. "I urge you to find another lover...one who is worthy of you and I thank you for what you have given me."




As histórias da tela retratam tantas vezes em tamanha perfeição a realidade. :)



sábado, 21 de abril de 2012

Facada(inha)

 . . . colocar a tua toalha para lavar, não por precisar, mas por saber que é para regressar ao armário e não para o toalheiro!



sábado, 14 de abril de 2012

Assim é...

... nos romances, como é na vida!
Quando as coisas que nos faziam acelerar o coração; que nos deixavam as pernas a tremer; que desatavam todos os medos dentro de nós; que nos faziam sentir baratas tontas; que nos faziam corar; que nos arrancavam um sorriso incontrolável, inegável e permanente... quando todas estas coisas se tornam banais, então estamos perdidos. Aí, então, seguimos todos os caminhos, corremos todos os atalhos, tacteamos todas as ruas, certas ou erradas, só para procurarmos todas as sensações perdidas.
E alguém terá o direito de nos julgar?
Alguém terá o direito de nos fazer sentir culpadas por procurarmos vida na nossa vida?
Claro que os caminhos errados devem ser acautelados mas, bolas!!! Quando o que nos faz sentir vivas se torna banal e insignificante... então estamos deveras tramadas! Assim é nos romances, como assim é na vida!


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desvalorização ?

E fiquei a pensar.
Repetidamente os meus amigos chamam-me a atenção de como acabo sempre por me apaixonar por pessoas que não me "merecem". «Não percebo Starinha, acabas sempre com quem não te merece. Vê-se logo que ele ainda é um miúdo, pah! Tu já és uma mulher, devias arranjar um "cavaleiro". Quando é que acertas?»
E o engraçado é que este tipo de afirmações arranca-me sempre uma gargalhada porque acho mesmo que o coração não escolhe racionalmente. Se assim fosse...
E lá continuo eu apaixonada, consciente da escolha do meu coração, simplesmente à espera que as coisas corram mal para acabar aquilo que sei sem grande futuro. E sempre aceitei isto com algum ânimo leve por que não é isto que a vida é? Um conjunto de decisões que podem ser menos acertadas mas que nos fazem felizes? E quem disse que a felicidade deve ser depositada nos outros? Claro que quando as coisas acabam vem a era depressiva: choro, isolo-me um pouco, a minha energia desce, fico mais calada, mais sensível... Mas depois passa.
E isto tudo para dizer que FIQUEI A PENSAR.
Dois amigos meus, ambos corações de ouro, assumiram relações com raparigas que todos sabem ser conflituosas, pouco educadas, algo descontroladas, ciumentas, inseguras, desinteressadas por coisas culturais, infantis e que, nem por isso, são giras o suficiente para anular tudo o resto (se é que me faço entender). Não me achando, de um todo, com direito de criticar ou julgar alguém, a verdade é que todos percebemos isto. A diferença é que eu sempre achei genuinamente, que o amor é cego e desinteressado até que senti mesmo «Bolas, este gajo não deve gostar nada dele mesmo!!! Porque está ele a ser fraco e a sujeitar-se a esta pessoa??? Ele vale mais que isto, pah! Quando é que ele acerta???» e . . . OH MEU DEUS, eu estava a pensar e a sentir aquilo que os meus amigos sentiam quando me chamavam a atenção.
E, então, fiquei a pensar: será que, no que toca ao amor, gosto pouco de mim e por isso sujeito-me a menos do que mereço?? Ou será que o amor é mesmo só cego e desinteressado?? E deverei ficar triste por os outros me verem como alguém que se subestima, submetendo-se a relações com pessoas que não me "merecem"??
Não quero que este post soe arrogante e prepotente. Não gosto, nem quero, estar a julgar o valor de ninguém, nem quero que pareça que vejo o mundo como um catálogo de pessoas, onde cada um está na sua secção (alta costura, promoções e saldos), mas acho que entendem onde quero chegar. Talvez a escolha de palavras não tenha sido a melhor, mas não encontrei outras.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Daily bless

O banho matinal, o cheiro do gel, a pele molhada, o cheiro do shampoo...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Once upon a time...

Once upon a time, eu "apaixonei-me" por um rapaz que já conhecia há muito tempo. Com quem mantinha uma relação de amizade distante em termos espaciais, mas próxima em termos afectivos. Partilhavamos os nossos dias através das fantásticas tecnologias da comunicação e, acima de tudo, partilhavamos tudo o que era fútil (que provava a nossa necessidade em ter o outro sempre por "perto") e o profundo (que demonstrava o á-vontade e a confiança que se veio estabelendo).

Um dia, 2 de Janeiro, estava eu com um coração desde há muito ressacado de uma relação "yo-yo", que tanto era maravilhosa durante alguns dias, como era terrivel nos dias seguintes (com a clareza que a distancia proporciona posso até questionar a nomenclatura "relação" utilizada neste caso). Mas enfim, a verdade é que o meu coração estava ressacado, ressequido, esgotado e mal tratado. Neste maravilhoso iniciar de ano o meu amigo beija-me!

Mas que beijo MEU DEUS (merece até um paragrafo só a ele dedicado).

Estavamos a conversar e a rir das consequentes parvoices que diziamos e eu estava deveras a ficar incomodada pela forma fixa e absorvente como ele me olhava. Parecia que sugava cada palavra minha, cada suspiro meu, cada risada atrapalhada até que um beijo roubado com toda a sofreguidão de quem queria surgar-me a vida!E um beijo foi tudo o que foi necessário para se seguirem promessas, convites, declarações... como se o beijo tivesse chegado tarde e fosse o declarado início de um relacionamento programado.

Como é habitual isto assustou-me. Satisfez-me de forma louca e fez-me sorrir, mas principalmente assustou-me.

Isto arrastou-se até Fevereiro do ano seguinte. Foram tempos de uma ginástica emocional em que os treinos consistiam na minha capacidade de resistência e flexibilidade: tinha de resistir a cometer aquilo que achava uma loucura (assumir uma relação com esta pessoa) e tinha de ser flexivel para continuar a adora-la, encontra-la e beija-la sem que passassemos a namorados nem deixassemos de ser amigos.Eu recusava-me a acreditar que os votos e promessas que esta pessoa me fazia fosse veradeiros. Achava sempre que seria só uma tentativa de levar para a cama, de me fazer rastejar por ele e, por isso, mantive-me sempre à tona da situação, sendo sempre firme e dona de mim mesma, estando amorosamente com ele sem nunca levar a sério as suas promessas e dizeres, desvalorizando-as constante e persistentemente como forma de me escudar contra os seus ataques (que eu achava) manipulados.

Temia um relacionamento com esta pessoa como uma ovelha teme um lobo. Os seus compratamentos borderline e o seu passado nublado faziam-me temer uma ligação que a minha cabeça avisava torbulenta.

Assim, Fevereiro foi o mês em que esta pessoa passou por mim num encontro inesperado na rua e não me dirigiu palavra. Aquilo fez-me uma confusão terrivel. Eu tinha a certeza que ele me tinha visto. como era possivel tamanha expressão de indiferença e uma descontração de tal ordem? Literalmente de uma hora para a outra. Senti que tinha razão quanto a ele. Senti que todos os meus medos que ele tanto se esforçava para me convencer que eram infundados, afinal tinham todo o fundamento. Seguiram-se algumas não-respostas a algumas mensagens minhas.

Neste caso senti que todas as defesas que tinha criado me estavam a ser bastante úteis: à terceira não-resposta deixei por completo de enviar qualquer tipo de mensagem; à presença da tal pessoa no mesmo espaço que eu ignorava por completo adoptanto não uma atitude arrogante mas sim de descontração; nunca pedi qualquer tipo de explicações nem nunca questionei nada. Deixei as coisas morrerem de forma pacifica e assim tudo ficou. Até ao dia que, claro, ele assumiu uma namorada. Aí vi a forma como ele a tratava, a forma como lhe falava e percebi que, afinal tudo o que eu tinha vindo a desprezar e a desvalorizar, assumindo como meras atitudes manipuladas para me enfeitiçar, eram na verdade geniunas.

Esta pessoa era capaz de amar. O seu lado carinhoso não era, na verdade, uma máscara apropriadamente utilizada para enfeitiçar meninas e dirigi-las ao precipicio.No dia em que o entendi não houve defesas que me protegessem: doeu de forma não-pacífica!

Daqui quero tirar uma lição: não quero jamais desvalorizar ou desprezar os sentimentos dos outros. Passei quase um ano a faze-lo e a magoar esta pessoa descredibilizando-o constantemente. Não vivi até ao potencial máximo o que poderia ter vivido com esta pessoa porque constantemente me protegi e o desvalorizei.

Não quero voltar a faze-lo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Com mil raios... mais uma noite de inquietação !
Sabem quando estamos doentes e as noites de sono são desconfortáveis, os sonhos são agitados, e o sono impertinente? Pois assim foi a minha noite hoje. E acordo às 6:30 com dor de cabeça e indisposta. Não pode ser bom. Não pode ser nada bom.
Só queria uma noite de puro e sereno descanso!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Objectivos de 2012

É melhor sintetizar e documentar para me recordar e reforçar a caminhada. Ora aqui estão explanados os meus objectivos para 2012:

1. Sorrir para mim mesma todas as manhãs;
2. Conseguir fazer uma dieta (mais) saudável;
3. Treinar um mínimo de três vezes por semana;
4. Voltar a apaixonar-me pela vida com a mesma intensidade que eu sei;
5. Organizar melhor o meu estudo;
6. Emagrecer 5 kg e manter;
7. Cuidar melhor de mim;
8. Dizer sempre o que penso tendo sempre em conta um discurso assertivo;
9. Começar a ter aulas de ioga e frequenta-las com regularidade;
10. Amar mais;
11. Entregar-me mais;
12. Viver com tranquilidade no meu coração;
13. Manter o espírito optimista;
14. Rir muito mais;
15. Permitir-me ser feliz sem medos;
16. Fazer novos (bons) amigos;
17. Manter e alimentar as velhas amizades;
18. Encarar a vida com mais "naturalidade";
19. Meditar todos os dias;
20. Apostar no meu Reiki;
21. Incrementar a minha vida sexual;
22. Viajar sempre que possível;
23. Roadtrip por Itália;
24. Passar uns dias na neve;
25. Cantar mais;
26. Abrir mais as portas da minha casa;
27. Ser mais tolerante;
28. Ser mais doce;
29. Abandonar a larga dose de ironia com a qual me protejo;
30. Estar em contacto com os meus sentimentos e aceita-los;
31. Não ter medo de dizer o que sinto;
32. Apaixonar-me sem medos;
33. Manter sempre energia e pro-actividade;
34. Abraçar sempre que sinto que o devo fazer;
35. Quebrar as barreiras físicas;
36. Ser humilde;
37. Don't let them take the fight outta me!;
38. Acampar com os amigos;
39. Fazer da minha vida uma festa;
40. Aniquilar as más ansiedades;
41. Ouvir mais vezes o meu instinto;
42. Ser mais espontânea e menos racional;
43. Dar mais atenção à minha Surya;
44. Tentar, todos os dias, fazer algo pelos meus sonhos. Afinal é assim que se chega lá;
45. Trabalhar (ainda mais) a minha força de vontade;
46. Não ter medo de ser quem sou !!! ;
47. Continuar a manter a promessa que fiz a A.C. há anos;
48. Estar em contacto com a natureza mais vezes;
49. Dedicar-me mais à minha família;
50. Definir um horário de sono saudável;
51. Fazer mergulho;
52. Fazer melhor gestão do meu dinheiro;
53. Manter o meu "ninho" limpo e arrumado;
54. Aprender "amor incondicional";
55. Dizer ao meu pai que o amo e me orgulho dele;
56. Não permitir ser manipulada;
57. Continuar a dar sangue;


........... Esta lista ainda será editada muitas vezes, espero !

Insónia


E sabem por que é que insónia é terrível??? Ora bem, ficamos horas vazias, horas vagas, horas mortas, horas desperdiçadas, horas malditas, horas inúteis, horas vagarosas, horas irritantes, horas folgadas, horas e horas e horas, desperdiçadas entre o "quero dormir/não consigo dormir".
Pior é que não se perde só a noite ... perde-se o dia seguinte entre lamurios, preguiças e sonolências.
Malditas sejam...

domingo, 1 de janeiro de 2012

Quero ouvir-vos

Quero ouvir o que têm a dizer.

Para estar perto é preciso estar junto ?

Toca a pensar... e a escrever. Gostava de ler opiniões.
"Eu: Já reparaste que a maior parte das pessoas não gosta do que faz? Que são profundamente frustradas e que apenas acordam todos os dias com o objectivo de trabalhar para ir sobrevivendo, na esperança de ter ocasionais momentos de felicidade? Que por vezes essa felicidade nem sempre é mesmo felicidade, mas apenas o experienciar da não dor, do não sofrer, do atenuar de uma medíocre existência? Que são pedras basilares, embora substituíveis, de uma gigantesca pirâmide que suporta apenas o sucesso de alguns escolhidos? Que mesmo tendo a capacidade e a paciência para fazer uma boa mousse, lutam por míseros tostões que os afastam da aquisição de chocolate, ovos e demais ingredientes de qualidade, remetendo-os para a escolha de uma insatisfatória mousse instantânea do Continente?

Ela: Já, amor. A isso se chama crescer e ser adulto.

Eu: ..."
retirado daqui.

Interessante ... São os homens assim tão manipuláveis?

Pergunta: O pai, por exemplo na Branca de Neve ou na Cinderela, adora a filha, mas é enganado pela nova mulher, que consegue sempre dar-lhe a volta. Os homens são assim tão manipuláveis?

Eduardo Sá: Os homens são, regra geral, excelentes pessoas. Mas levam a vida toda a fazer de filhos mais velhos das mulheres e, como os slogans na política, depois de se repetir, muitas vezes, que mal se ajeitam a estrelar um ovo, quando se trata de mudar uma fralda é o que se sabe. O mundo sempre jogou à italiana: as mulheres foram dando o meio campo ao pai e, regra geral, iam ganhando os campeonatos em contra-ataque. Para cúmulo, os homens foram ensinados a não chorar e a supor que aguentar os sentimentos seria um sinal de virilidade. Por isso mesmo hoje, quando se trata de dizerem 'Amo-te Teresa!', a Teresa nunca entende. Sofrem de iliteracia emocional. Sentem mas fintam as palavras. E o resultado é que, embora tenham coração e lágrimas, são... uns meninos.

Entrevista na integra, aqui.

My daily bless