segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Alone...living all alone


Pois é! Queixamo-nos quando vivemos com alguém, queixamo-nos quando vivemos sozinhas. Pois eu não me queixo! :)

Adoro viver sozinha. Mas sem tom de queixume não posso deixar de dizer que uma casa vazia não é a mesma coisa. Acho que épor isso mesmo que não passo quase tempo nenhum em casa. Faz falta um som, um barulho, um movimento, uma voz, uma presença. É dificil ! Em fases mais complicadas das nossas vidas, então, acreditem que todo o sofrer se torna mais pesado numa casa vazia.

Numa casa 'cheia' podemos sempre conciliar o tempo e privacidade de que necessitamos para suspirar as nossas tristezas isolando-nos no quarto, demorando-nos no banho, usando o escuro e silêncio da noite para soluçar...

Enquanto no tempo intermedio as implicancias e insignificancias do dia-a-dia de quem vive acompanhado e todas as conversas banais e gastas ajudam, nem que por breves segundos, não se pense no que mais nos atormenta. E pelo menos sabemos que está ali alguém.

Quando se está só numa casa não há de quem esconder os soluços, com quem implicar pelo prato que não foi lavado, não há de quem esconder as lágrimas, não há razão para fechar a porta do quarto, não há motivo para demorar mais no banho... Não há ninguém!

Não há ninguém para nos incomodar, mas também não há ninguém para nos confortar!

Eu escolhi a segunda hipotese: vivo sem ninguém para me confortar neste espaço, para mim sagrado, que chamo casa!


(Não lhe chamo lar precisamente porque falta alguma presença, algum som, algum cheiro que a complete de forma confortável e equilibrada)

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Simplicidades